quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Factor Kill - Factor Kill; Thrash, Thrash and Thrash; Drowning in Beer e outras



Acervo do Artista


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Em 2009 após o fim da banda Thrasher, Alberto Hodge (baixo), Geraldo Ferreira (vocal/ guitarra) e Evandro Ricardo (bateria) ainda sedentos por metal decidem se reunir e fundam o Factor Kill. Com a proposta de fazer músicas próprias, na linha do Thrash Metal, o power trio lança em 2010 a demo auto intitulada. Em 2011 produzem o EP Thrash, Thrash and Thrash, contando com "Red Violence" da demo anterior e mais 3 músicas inéditas. 

Em 2013 Evandro sai e quem assume a bateria é Bráulio Wilton, experiente no cenário punk/hardcore novalimense. 

Em 2014 o EP Drowning in Beer sai do forno contando com três músicas inéditas, além de "Crazy for Beers" do EP anterior. No mesmo ano tem o single Nuclear Bomb. 

Em 2016, mais três músicas inéditas são lançadas num split de nome Aliança Infernal, junto com as bandas Arma, Sakhet e Atomic Bomb. 

Todas as produções foram feitas de maneira independente. 

A temática das músicas gira em torno de violência, caos, guerra, doença e morte. 

Por vezes tratam da crueldade humana, da corrupção e hipocrisia dos governantes. 


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O Power trio faz um som bem cru e direto ao ponto. Bateria rápida, guitarra com riffs e solos agressivos e baixo pesado dando a liga. Pra completar, vocal visceral, na linha de bandas thrash anos 80 como Exodus, Slayer e Kreator em seus primeiros trabalhos. 

O trabalho mais recente da banda no split Aliança Infernal trouxe mudanças no vocal de Geraldo, com uma sonoridade mais característica. 

Rápido, violento, bêbado e sujo, o Factor Kill segue fazendo metal autoral de qualidade! 


Links 

Facebook: https://www.facebook.com/factorkill/ 



Marcel Couto (colaborador): Educador e produtor musical, cantor, multi-instrumentista, proprietário do Tempus Estúdio em Nova Lima, guitarrista das bandas Plano B e Souls' Guardian, banda tradicional do metal na cidade.




Pós-edição (28/01/2020):

O post nem parou de fazer fumaça e a Factor Kill surpreende mandando mais um trabalho inédito. Confiram em:



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Ramon "Doctor Ray".

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Luís Agenor - Singles




Comparações mesmo que positivas nem sempre agradam ao artista. Menção de parentesco com outros artistas às vezes também não, principalmente por aqueles que querem acima de tudo imprimir sua marca própria no trabalho. Falaremos desta vez sobre um jovem talentoso que tem parentesco, mas não tem comparação. Este é o nova-limense Luís Agenor. 


O DNA musical se faz presente, sim senhor. Filho de Luís “7 Irmãos” e sobrinho de outros componentes desta tradicional banda de Nova Lima, Luís Agenor, o “Deco” para os amigos e família, expandiu desde cedo seus horizontes musicais. Teve o interesse pelos instrumentos despertado aos 10 anos, após conhecer os Beatles. Aos 13 anos foi convidado pelo pai para participações em seus shows. Nesta época integrou também a banda “Obra Primo”, que tocou em vários eventos de Nova Lima e mais tarde a “Olosujos”, banda que se dedica ao Carnaval. 


Apesar da bem sucedida experiência em bandas, a inclinação pela MPB e em especial pela música mineira fez com que o formato voz e violão se tornasse o seu predileto. Além do quarteto de Liverpool, The Smiths, America, Vander Lee, Roberto e Erasmo, Lô Borges são também artistas de referência. 


O trabalho autoral começou a vir a público em 2018, quando Luís Agenor iniciou parceria com seu amigo, produtor e multi-instrumentista Vítor Dieguez, do Estúdio Cantim. O resultado foi o lançamento de seu primeiro single, “Sem Mais”, com a participação de José Borges na bateria, Kadu no contrabaixo e a produção de Vítor. No mesmo ano foi lançada também “Alma-rua”, primeiro em versão acústica pelo estúdio Tempus e posteriormente a definitiva pelo Cantim, consolidando a parceria. 


Seguiram-se “Retratos” (2019), “Passatempo” e “Quem sabe” (2020). O ano de 2020 parece ter sido bastante representativo para o artista, com significativo alcance de público local, com os fãs cantando a letra de “Passatempo” ao vivo, e externo, com a execução deste single em mais de 20 países.

 


Jovem como é, a linguagem é a da galera atual, sem abusar de clichês de tribos e de rimas previsíveis. A tônica de suas baladas é o amor, que se apresenta pelo desencontro, pela saudade, pelo conflito e pela distância. As harmonias sugerem um fundo de tristeza e nostalgia, mesmo nas dançantes “Passatempo” e “Alma-rua”. Os arranjos são bem interessantes, de condução suave, com teclados, cordas, percussão e acordeon se revesando entre pausas e momentos de maior energia. 


Luís tem trabalhado em novas músicas durante o período de isolamento social, o que nos sugere que haverá novidades em breve. 



Ramon “Doctor Ray” 


Links: 







sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Bread Bag – Bread Bag (EP - 2018)

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Distintos senhores com saco de pão na cabeça – assim se apresentam os três integrantes da Bread Bag, banda de rock fundada em 2016 em Nova Lima. O início foi inusitado. Três amigos (incógnitos para o público até hoje) reunidos em um bar decidiram ir para o estúdio tocar rock dos anos oitenta e, na falta de um vocalista, resolveram um a um experimentar os microfones. O vocal gutural de um deles se mostrou a opção mais viável, o que fez com que mudassem a ideia original de tocar covers de rock clássico para compor suas próprias músicas.

O período de criação e maturação das músicas se deu até 2018, quando apresentou seu primeiro EP com 5 músicas. Acompanham a produção lyric videos e um clipe da faixa “Follow Your Way”. Sem sombra de dúvida a irreverência é a marca principal da banda. Além de terem abdicado dos créditos pessoais na composição da banda em prol da promoção de um único personagem, o simpático “Brian Bread”, a banda lançou o EP por meio de uma divertida campanha baseada em psicologia reversa. Pedia-se para não clicar no link disponibilizado pelo fictício hacker que os estaria chantageando. 

O que permitiu o humor permitiu também a flexibilidade. A banda tem sua proposta de crítica social e política, em particular ao anonimato do cidadão comum (representado pelos sacos de pão na cabeça), a indiferença dos políticos com relação ao povo e ao abuso da fé de líderes religiosos em proveito próprio, mas declara-se aberta à livre interpretação do público sobre suas mensagens cênico-musicais.


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Ao contrário do som chocho de um saco de pão, a sonoridade da banda é bem vibrante e pesada. Gravadas no Estúdio To Mega Therion em Contagem – MG, as cinco faixas de fato demonstram a influência de “tudo que tem peso e melodia” como seus integrantes declaram. Há claros componentes de heavy metal nas passagens e solos elaborados, enquanto que o vocal gutural e uma crueza básica das bases apontam para a presença de forte teor hardcore. Destaques para o quase-mantra “Stay Strong” e para “Great Business”. 

Podemos esperar o forno esquentar para breve, pois a banda anuncia retorno às gravações em 2021.




Ramon “Doctor Ray" 



Links: 

EP Bread Bag 



Canal da banda no Youtube: 


Redes sociais: 




domingo, 3 de janeiro de 2021

The Mask of Tyrant - Prison of Despair (2020)

 

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Estou retomando as postagens no Blog, após um interminável período de ocupação em outras tarefas, desmotivação e bloqueio criativo. É, não é moda hoje declarar condições pessoais contraproducentes, quando cada vez mais pipocam formulinhas de sucesso e superação na internet. 

Neste retorno nada melhor do que falar sobre uma banda estreante, mas formada por músicos experientes, e cuja base conceitual é a crítica social e política. Estou falando de The Mask of Tyrant.

O mentor do projeto é Wesley Silva, conhecido no meio como veterano baterista da Souls' Guardian. A ideia inicial era valer-se da versatilidade no trato com instrumentos e da expertise em home studio para conceber uma one-man-band, mas acabou curvando-se ao formato de banda para melhor execução de suas canções. Após alguns percalços normais de entrada e saída de componentes, ele assumiu a bateria da The Mask que conta hoje com os guitarristas Evandro “Paranoid” e Erick “Heeks” nas guitarras, Bernardo Clemente, com ampla experiência em hardcore e suas nuances (Bermes, Sleeping Bags, Mandacaru etc) no contrabaixo e Fred Assis, com várias participações em bandas covers nos vocais.

O resultado sonoro é prova de que Wesley, além de exímio baterista e compositor entusiasmado, tem habilidade para coletar talentos. Seguiu-se ao momento de formação um período de intensa produtividade e colaboração entre os componentes, mesmo já em tempos de pandemia. Do tipo que impulsiona o vocalista a enviar prévias de músicas às 3 da madrugada.


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O que se ouve em “Prison of Despair” (2020), seu primeiro álbum, é um som pesado, homogêneo e convincente, que fará os mais experientes identificarem influências das guitarras dobradas do Iron Maiden, intros quase narradas que lembram Megadeth e mesmo arranjos incomuns para o estilo como os de EZO, banda produzida por Gene Simmons no final dos oitenta. A banda define o Metal como orientador, admitindo diversos subgêneros como progressivo, melódico, heavy, power e thrash. Como já dito acima, a crítica social e política é a base conceitual das letras das 12 faixas constantes do álbum. Percebe-se uma preocupação com os detalhes na narrativa, e a intenção de provocar reflexão do ouvinte para as armadilhas que o tornam colaborador de um sistema de opressão, ilusão e despersonalização. Se pudéssemos resumir a mensagem da banda, seria “Fuck the System!”, frase cravada em “Slave to the System”, uma de suas faixas principais. Destacam-se também “Graveyard Carnival” e a faixa-título “Prison of Despair”.

Tudo isto foi gravado em alta qualidade de som em home studio da “Hell Uai”, produtora de Wesley. O recolhimento requerido pela pandemia parece ter feito muito bem a The Mask, pois a banda continua produzindo material novo, o que nos sugere que mais um álbum (pelo menos) venha por aí. E que venha! O som maduro da banda estreante comporta muito mais estrada.


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Ramon “Doctor Ray”.


Links para fanpage, mídias sociais e plataformas em que se pode escutar na íntegra o álbum “Prison of Despair”: https://linktr.ee/Themaskoftyrant 


Matéria no Whiplash: https://whiplash.net/materias/news_735/327542-maskoftyrant.html



Bicho Grilo - Bicho Grilo Rock (EP - 2020)

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