domingo, 30 de agosto de 2020

Bermes - "Dia de Horror" e "Até o Fim"

Acervo do artista

Acervo do artista

Acervo do artista


Hoje, com alegria e entusiasmo, estreio a minha humilde colaboração neste qualificado espaço criado pelo amigo Ramon para falar de uma das bandas mais underground da cidade de Nova Lima, os BERMES.

Foi formada em 2005, como um trio e, após uma parada de dois anos, ressurgiu como um quarteto. A BERMES lançou em 2009 a demo “Dia de Horror”, com 5 músicas autorais com forte temática sobrenatural, carregada de letras mórbidas e violentas, inspiradas por filmes de terror ou filmes B, filmes de zumbis, vampiros ou de ficção científica. Nota-se a forte influência dos Misfits, banda de New Jersey nos EUA, a criadora do gênero Punk Horror formada em 1977, nos primórdios do Punk Rock.

Ainda em 2009, a segunda demo, “Até o Fim”, traz mais cinco músicas com a mesma temática e a mesma agressividade e rapidez. A melodia flui no mais genuíno estilo do Punk, acentuando o clima macabro das letras escritas colaborativamente por todos os membros da banda.

No início de 2010 há uma troca de vocalista, trazendo novo gás à banda e uma proposta ousada - 'horror punk' com um vocal feminino.

Após vários shows por BH e região, em meados de 2011 a banda se desfez.

Em 2016, o Bermes ressurge com a sua formação clássica de 2007. E após várias apresentações, nos circuitos de bares e festivais locais da região, a banda resolveu encerrar suas atividades em 2018. No entanto, assim como os mortos vivos e vampiros tão cultuados em suas letras, quem pode duvidar de mais um retorno dos Bermes malditos?



Formações:

2005 a 2007 - Josimar, Thiago, Carlos

2007 a 2009 e 2016 a 2018 - Bernardo, Josimar, Thiago, Carlos

2010 a 2011 - Jussara, Josimar, Thiago, Carlos

Cássio Luís D'Assumpção (colaborador) - Criador e produtor do festival Rock In Bomba, proprietário do Point Kibomba, técnico de TI. Ávido leitor sobre a história do rock, seus personagens e lendas.

Links para escutar e conhecer o trabalho da banda:

https://soundcloud.com/bermes

https://www.letras.mus.br/bermes/

https://www.youtube.com/channel/UCHSSjBSUzfN_mCtQ096dqnQ/videos

sábado, 22 de agosto de 2020

Adriano Mineiro – “Malandriano” e “O Samba de Minas”

                                                                        Acervo do Artista

                                                                         Acervo do Artista


“Empolguei aqui” – foi a resposta de Adriano quando comentei a grande quantidade de material que  me enviou para me ajudar a escrever esta postagem. Não há adjetivo que o qualifique melhor. Adriano Mineiro, técnico em mecânica, cantor, violonista, cavaquista, compositor em vários estilos musicais, em especial o samba, é empolgado com o que faz.

Sua empolgação faz com que sua atividade seja superlativa. Premiado por sambas enredo em blocos e escolas de samba da região de Nova Lima. Participação em vários festivais e eventos sendo um deles de organização internacional, o Make Music Day (Festa da Música) em junho de 2020. Segundo lugar no Festival da Canção de Nova Lima de 1997 e no Festival da Canção Bomserá de 2019. Várias parcerias com músicos de Nova Lima, Minas e outros estados, e participante de iniciativas que envolvem encontros e divulgação de compositores.

Todo este currículo é laureado com os CDs “Malandriano” (2019) e “O Samba de Minas” (2020), legítimos representantes do samba de raiz. Nota-se a influência dos mestres Zeca Pagodinho, Moreira da Silva e mesmo Adoniran Barbosa nos temas da malandragem cotidiana. O cavaquinho comanda a harmonia com agilidade e dá o tom de alegria mesmo em algumas canções que falam de saudade.

São obras em que predomina a homogeneidade. Portanto, as músicas que trazem exceções chamam a atenção para si. Em “Malandriano” a malandragem bem comportada de Adriano é quebrada pela ironia da faixa “É Conjuntivite”. E a africanidade de “Ê Patacori” surpreende em meio às demais canções do “O Samba de Minas” com a quebra do ritmo e a levada de seu refrão.

Há um terceiro CD em produção. A expectativa é de que traga a faixa “Lino”, feita em homenagem ao pai do artista e premiada em 2019 no Festival da Canção Bomserá.

Doctor Ray

Links:

Malandriano

O Samba de Minas
https://open.spotify.com/album/5Gh5qSJPEbVgWKcaJl9tfB?si=lYPeJCPFRli4Od6qhcNNoQ
https://www.youtube.com/watch?v=xkMELSFFazI

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Ely Jr. - Demotape

                                                                             Acervo do artista
                                                                         Acervo do artista




Dei-me o direito de iniciar as postagens pelo artista cujo trabalho em CD incentivou-me a gravar seguindo padrões de qualidade. O título “Demotape Ely Jr” (2014) faz referência ao tempo em que as fitas cassete eram usadas para divulgar o trabalho das bandas, muitas vezes de forma parcial e improvisada. E é este espírito que Ely afirma ter encontrado ao final da gravação de seu álbum solo de estréia.


Ely é cofundador da OTN, banda que em 2020 fez 33 anos de trabalho nos estilos rock e pop-rock (e que em breve figurará com seu trabalho próprio aqui no blog). De fato, são histórias indissociáveis. A parceria com Tatá, baterista do OTN falecido prematuramente em acidente de moto em 2014 está presente em 5 faixas. Jader Souza, cantor e compositor que teve a OTN como banda de apoio na gravação de seu disco Pierrot Moderno, assina ” Velha Novidade”. Seis das 11 músicas fizeram parte da set list da OTN em algum momento.


Totalmente gravado no estúdio Sonique Wall em Nova Lima, Demotape registra bem a atividade ao longo das décadas, com as guitarras do próprio Ely Jr., Renato Faria e de Cristiano Zannini (em “Cinderela Blues”). Outras participações são de Adriano Moreira (teclado), do irmão Ricardo Souza (ukulele), Miller Faria (violão Nylon) e Vitor Diegues (teclado). Renato faz o ukulele-bass da bonita instrumental “Tema para Chris e Isa”, e é responsável pelo trabalho técnico de gravação e equalização.


O que se ouve é um trabalho com bastante energia e diversidade. “Verdades”, “Sob a Noite” e “Eu” são faixas que fazem lembrar os primeiros discos do rock brasileiro dos anos 80, e não fariam feio se estivessem na programação das rádios daquele tempo. A citada “Tema para Chris e Isa”, “Amor Prematuro” e “Com mais Ninguém” são baladas suaves e com arranjos bastante agradáveis. A voz de Ely parece mesmo ser ambientada nos primórdios do pop-rock, sem privilegiar DNA de ninguém especificamente. Timbre e interpretações autênticas.


A inspiração na cultura da fita cassete não compromete a qualidade final das faixas. A curiosidade fica por conta da bateria programada por Renato Faria em todo o CD, que não fica devendo em qualidade e cujas linhas foram devidamente testadas – e aprovadas - por Gabriel Lisboa no show de lançamento.


Ely dedicou o CD a Paulinho “Cazuza” Atela, compositor falecido em 2005 e presente em duas faixas. “Demotape Ely Jr.” é um álbum cheio de histórias e sentimentos, bem sucedido a meu ver em trazer o espírito do pop-rock para o pós-2000.


Doctor Ray




Links:

https://soundcloud.com/elyjr

https://www.youtube.com/channel/UCloahs-N0x1wCOkXF_zDayw?view_as=subscriber




O CD físico encontra-se disponível para venda com o próprio artista pelo zap (015 31) 98913-8316.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Cada vez mais desligado do nosso tempo

Pois é, a moda agora é o Tik Tok, e lá venho eu com essa história de blog.

Não acompanhar as novidades, tendências e recursos tecnológicos, tudo isto já me incomodou mais. Coloco-me na estatística da massa de perdidos em meio à obsolência programada de equipamentos, aplicativos e comportamentos. Demoro mesmo a assimilar estas novas formas de interação.

Mas acho que é porque sou meio “do contra”. E ser "do contra" é uma forma interessante de resistir à anulação das individualidades. A criança pequena faz isso, né? Começa a dizer "não" pra tudo. No fundo é um "espera aí que vou pensar".

Pois bem. O espaço do blog parece-me silencioso o suficiente pra ter uma boa conversa. Dá pra perceber o autor por detrás do texto, o que em muitos casos é difícil em redes sociais. E tomara que conversemos muito por aqui.

Sejam todos muito bem vindos!

Bicho Grilo - Bicho Grilo Rock (EP - 2020)

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